Como perceber e lidar com as próprias emoções: a importância da educação socioemocional nas escolas

por 29 set 2023Inovação & Tecnologia

O desenvolvimento das competências socioemocionais está contemplado nas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – que orienta as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio no Brasil

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Educação Socioemocional

Como Perceber e Lidar com as Próprias Emoções

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“Eu desejo que os jovens percebam razoavelmente cedo que há tanto significado na vida quando eles conseguem adicionar isso a ela através de esforço e dedicação. Que a árdua tarefa de compor uma vida não pode ser reduzida a adicionar episódios agradáveis. A vida é maior que a soma de seus momentos.”

A aspiração é do filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauman e se enquadra no debate sobre a importância da incorporação da educação socioemocional no contexto escolar.

Em um mundo tão efêmero, em que tudo muda o tempo todo, é imprescindível aprender a lidar com as nossas próprias emoções – e por que não na escola? É no que consiste a educação socioemocional: o desenvolvimento de competências sociais e emocionais como parte fundamental da grade curricular das instituições de ensino.

Essas habilidades se referem a como pensamos, sentimos e nos comportamos em relação a outras pessoas e a nós mesmos; são as nossas capacidades individuais de lidar com as nossas próprias reflexões, enfrentar situações adversas ou novas, tomar decisões, estabelecer objetivos e administrar relações interpessoais.

E os benefícios de a escola acolher esse processo são inúmeros – não só para os alunos, como também para os docentes e para toda a comunidade escolar, que aprendem a conviver de forma mais equilibrada e saudável tanto na sala de aula quanto fora dela. Entre esses ganhos, estão:

  • Aumento do rendimento escolar;
  • Incentivo à autonomia do aluno no processo de ensino-aprendizagem;
  • Fortalecimento das relações interpessoais.

Sendo assim, a fim de garantir o desenvolvimento integral de crianças e jovens, as competências socioemocionais estão contempladas nas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – que orienta as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio no Brasil. Entre as habilidades que devem ser trabalhadas estão abertura ao novo, autogestão, extroversão, amabilidade, resiliência emocional e consciência social.

Segundo o estudo “Além da aprendizagem acadêmica: primeiros resultados da pesquisa sobre competências socioemocionais”, realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), “As competências socioemocionais dos estudantes diferem de acordo com a origem social e o gênero. As meninas relataram níveis mais elevados de competências relacionadas ao desempenho de tarefas, como responsabilidade e motivação para a realização acadêmica. Elas também relataram níveis mais elevados de habilidades que são importantes em um mundo interconectado, como empatia, cooperação e tolerância. Em contraste, os meninos exibiram competências de resiliência emocional mais elevadas, como tolerância ao estresse, otimismo e controle emocional, bem como competências sociais importantes, como assertividade e entusiasmo”.

A educação socioemocional também impacta positivamente a sociedade em geral, o que se alinha à proposta de “Educação para a cidadania global: preparando alunos para os desafios do século XXI”, da UNESCO, abordando problemas contemporâneos como o bullying – conjunto de ações violentas e intencionais contra outra pessoa, cujas consequências psicológicas e/ou físicas podem reverberar ao longo de toda a vida de quem o sofre. Aprendendo efetivamente a respeitar a singularidade e a diversidade de cada colega na escola, crianças e jovens tendem a se comportar da mesma forma no ambiente externo, contribuindo para um futuro mais gentil e consciente.

E você, já trabalhou as competências socioemocionais na sua escola?

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