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Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos
Mudanças Climáticas
Fonte da Imagem: Getty Images
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) publicou um estudo, baseado na análise de 400 mil amostras por mais de 800 especialistas locais de 126 países e territórios, indicando que a taxa de desmatamento caiu quase 30% desde a primeira década do século até o período que compreende de 2010 a 2018. Em contrapartida, as florestas tropicais permanecem sob contínua e preocupante ameaça: a avaliação por região demonstra que o maior índice de desmatamento pertence à América do Sul, que reduziu suas reservas florestais em 68 milhões de hectares, seguida pela África, que subtraiu 49 milhões.
O desmatamento e também o aquecimento global são parte das mudanças climáticas – transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima. Essas alterações podem ter razões naturais, como variações no ciclo solar. No entanto, desde 1800, a ação do ser humano tem sido a principal responsável por essas mudanças – principalmente por causa do desmatamento, agravado pela expansão agrícola e pecuária, e do aquecimento global, fomentado pela queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás, que geram emissões de gases de efeito estufa e agem como um grande cobertor em torno da Terra, retendo o calor do sol e aumentando as temperaturas.
É fundamental compreender que as mudanças climáticas estão interseccionadas. O processo de desaparecimento das florestas, por exemplo, também pode liberar dióxido de carbono – uma das principais causas do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento global.
Isso porque muitas pessoas acreditam que as consequências do desmatamento e do aquecimento global se resumem ao aumento do calor, o que é um engano. Os resultados dessas alterações também incluem secas intensas, escassez de água, incêndios, elevação do nível do mar, inundações, furacões, derretimento do gelo polar, tempestades catastróficas, declínio da biodiversidade, entre outros.
E cada uma dessas consequências interfere diretamente na nossa vida cotidiana: pode provocar ondas de calor insuportáveis, ocasionar o desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas povoadas e até decretar a extinção de espécies de plantas e animais – inclusive e a longo prazo, a nossa.
Contudo, cada um de nós pode fazer a sua parte para conter o avanço da crise climática e amenizar os impactos do desmatamento e do aquecimento global adotando comportamentos simples:
- Economizando energia e água em casa, nas escolas e nas empresas.
- Fazendo uso consciente de recursos como papel, madeira e, principalmente, plástico, evitando descartáveis como canudinhos, por exemplo.
- Atentando-se aos rótulos dos produtos para, se possível, consumir marcas que realizam a devida compensação ambiental durante sua produção e neutralizam a emissão dos gases.
- Optando por caminhar, andar de bicicleta ou usar o transporte público ao invés de recorrer a veículos individuais a diesel ou a gasolina.
- Comendo mais vegetais e menos proteína animal.
- Nunca descartando lixo na rua, no campo ou nas praias.
- Reduzindo o desperdício de comida em casa, nas escolas e nas empresas.
- Reusando, consertando e reciclando o que o puder.
- Plantando uma árvore.
E uma última, mas não menos importante, atitude: buscando conhecimento e estando atualizado sobre o tema. Obter e disseminar informação a despeito da nossa responsabilidade sobre as mudanças climáticas, como o excesso de plástico nos oceanos, por exemplo, ajuda a criar uma nova consciência e mitigar os efeitos das nossas decisões anteriores e equivocadas. Confira abaixo dois livros que esclarecem e discutem a crise do clima:
Clima e meio ambiente
As variações climáticas têm um impacto direto em nossas vidas nas diversas dimensões, como nos ciclos de colheita e nas quantidades de chuvas. O clima, porém, é mais do que isso.
AUTOR: José Bueno Conti
Leia a sinopse completa, clique aqui.
Os oceanos
Este volume da coleção Geografia sem fronteiras é dedicado aos oceanos. Fenômenos climáticos (como o El Niño) e geológicos (como o tsunami) despertam a curiosidade de todos e levam à pesquisa sobre as águas oceânicas e seus movimentos.
AUTORA: Karen Gimenez
Leia a sinopse completa, clique aqui.
Que tal começar a preservar o futuro hoje?
Vale lembrar que as mudanças climáticas são um dos indicadores brasileiros para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 13 (ODS):
Ação contra a mudança global do clima: adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos.
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